10.6.08

Eu ostra

Sou ostra ou sou mar,
Neste meu despertar?
Feita Ninho familiar,sonhos e vontades;
Realizaões e saudades.
De palavras de poetas,abraços de amigos,
Destinos sortidos e muitos sorrisos.
Sou feita muitas línguas,muitos lugares,muitas pessoas.
De não muito tempo.
De asas e chão.
Sou também meu irmão.
Feita de lágrimas,ora azedas,ora meladas.
( Repentinas, Necessárias)
Sou filha do meio, sou filha do mundo.
Sou não e sim e não.
Sou reinvenção.
Corpo,alma e mente.
Cabeça dura, cabeça feita(?)
O novo sempre me deleita,
Serei,pois,o verbo amar.
E neste momento, prefiro ser mar.

5 comentários:

Anônimo disse...

que lindo Paaula,
eu amei esse poema.
fico beeem "você" :D

adoooroo
;*

Grizzo. disse...

Que orgulho da minha filha poeta, quem me dera escrever assim.

Daniel Simon disse...

Quem disse q as ostras,são apenas animais fechados de casca dura?

Excelente poema.

Chrystian Borges disse...

complexidade?

maleabilidade?

penetrabilidade?

o que seria "ser mar"?

\o

João Paulo disse...

Eu sou burro para entender poemas; não tenho essa sensibilidade e inteligência. Apesar disto, às vezes leio alguns... Daí fui lendo este poema e pensando "Nossa, será que foi a Paula que escreveu? Tá muito chique!". Mas quando me deparei com "Sou não e sim e não. Sou reivenção", eu percebi que quem tinha escrito era você. :)

Gostei do "Feita de lágrimas,ora azedas,ora meladas.
( Repentinas, Necessárias)". A mensagem é bonita e a rima ficou tão legal!

Eu acho que você não é mar. Mar é muito grande, e você é pequena. Você é aquela ostra ali no fundo, pequenina, imperceptível... Mas quem realmente te conhece sabe que tem dentro de si uma pérola muito bonita.

Agora, "ser o verbo amar" é muito difícil. Com esse verso pequenino você resumiu toda a minha filosofia de vida. Tentar ser o verbo amar em todos os momentos...