24.3.08

Apelo para ajuda

(será ISTO um poema??)

Não sei pedir ajuda.
Desesperadamente

Doente,
revelar não pude, a vergonha me toma.

Carente,
(mãe,pai,irmãos,amor),veham cá!?

Amigos, para quê vos quero,
se de vocês nem espero que possam estar lá?!

Dúvida me toma,
o orgulho a supera e nela,
permaneço a indagar

Não que eu não ame,
só não antingi demonstrar .

Triste , meu semblante esconde,
não posso estar.

Pré potência, minha essência(?)
Apelo então para :"ajuda!?".

22.3.08

Um moleskine para a viagem

Moleskines têm muito de mim... ( esse daí de cima não conto de onde é...).


Moleskines.Pequenas cadernetas próprias para viagens ou para serem utilizadas no dia-a-dia,feito pequeninos diários.Tenho muitos , todos incompletos - talvez porque eu nunca termine minhas viagens...são muitas tambem: por pensamentos,livros,asas,rodas,pés,barcos....minhas impressões mundandas..meus moleskines...bonito, né?!

16.3.08

Palavras(,) para começar

Entre tantas histórias,livros,canções e contos, a menina logo tomou gosto pelas palavras ( e pelo silêncio - ausência dessas), tanto as escritas,como as faladas.Dentro do alcance financeiro da época, seus pais encheram a casa de livros com imagens coloridas e enredos variados para os três filhos (ela era a do meio).Desde Ruth Rocha até Irmãos Grimm,Ana Maria Machado e títulos infantis de Clarice Lispector; gostava em particular desta ( com quem no futuro retomaria os laços),sobretudo de um chamado "A vida íntima de Laura".

Além dos pais,da irmã e de interlocutores anônimos,a criança gostava de saber da avó materna,formada em Letras pela PUC, novas palavrinhas ( palavrões também), em línguas estrangeiras para depois se exibir entre as coleguinhas do primário.Da avó paterna,que morava distante do Rio, recebia cartas - as quais lhe facinavam, já que não sabia ler.

Aos seus cinco anos e meio de vida, o pai fora tranferido e a família se mudou para NY.Ainda não alfabetizada em sua língua mãe, a garota acabou por sendo - o em inglês.Naceu aí um novo mundo, novas palavras- agora ao alcance de seus dedos e imaginação.Passados três anos, voltaram ao Brasil, para Goiânia.Como frequentar a segunda série do fundamental sem saber ler nem escrever em português?!Lendo e escrevendo,ora!Então,assim (ela) se fez.Depois de instalado o vício (e a verve), não parou mais.Seus cadernos , diários e rascunhos lhe servem hoje e sempre de máquinas fotográficas de frases ( que imortalizam o tempo e as impressões mundanas em preto e branco) e sobretudo de refúgio, feito curativos para a dor que há em crescer.

As produções fundiram-se com as ambições, mas não é pretensiosa:sabe que sabe pouco, mas disto não sabe.. é convicta: as palavras compõe este, o dela e os outros 7.5 bilhões de universos.Para ela não há nada mais recompensador em poder (se) compor através delas.

A menina chama-se Paula.Prazer.


Nota: Paula , do latim: pequena.